Travou!
Pintou de vermelho até os cabelos, saltitando e pedindo cigarros, bebidas e homens, a quem pudesse lhe dar.
Sorria banguela no sinal, vermelho, como seus cabelos. Sorria banguela no escuro, a trava invejosa.
Jogava até pedra nas moças, por serem sim, moças, e mais bonitas que ela. Era odiada, amada, desejada por alguns poucos homens, tão banguelos quanto ela, que jogava os cabelos com cheiro de tinta na intenção de conquistar os coitandos.
Mas ontem, estava realmente feliz. E sorria ainda mais que nos melhores momentos da pouca vida em liberdade.Sorria, por que podia enfim, balançar os cabelos, que antes eram amarelos... brancos... Não sei.
Ontem pintou as madeixas de vermelho sangue.
Eu canto as vezes sozinha. Falo sozinha também... Mas isso agora é normal, desde criança isso é normal, e olha que já faz um tempinho! Sinceramente, é a primeira vez que revelo um segredo tao íntimo, rs.
domingo, 22 de maio de 2011
sábado, 21 de maio de 2011
Choveu!
Até que enfim choveu!
Molhou as folhas da minha laranjeira.
Embalou o sono das crianças que dormem com fome.
_Coloquei os baldes embaixo das pingueiras, como de costume. Serviu.
E por fim, dormi.
Como as crianças que dormem com fome.
E numa felicidade extrema, eu vi uma luz na barra do dia que me enobreceu o espírito.
Tudo isso, porque enfim... Choveu!
R.Melo.
Molhou as folhas da minha laranjeira.
Embalou o sono das crianças que dormem com fome.
_Coloquei os baldes embaixo das pingueiras, como de costume. Serviu.
E por fim, dormi.
Como as crianças que dormem com fome.
E numa felicidade extrema, eu vi uma luz na barra do dia que me enobreceu o espírito.
Tudo isso, porque enfim... Choveu!
R.Melo.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
De noite...
De noite bate um frio, uma vontade de ver a rua, os carros, as senhoras nas ruas fofocando, os senhores, meninos, muleques, rapazes, aqueles que admiram seu caminhar, vontade de sentir o cheiro da chuva que se aproxima.
As pessoas ao redor estão acostumadas a ver um sorriso largo no rosto da moça, mas hoje, logo hoje, ela não sorri.
Os outros dias são muito normais, e ela queria sair. as vezes chove por aqui, por isso é difícil sair, tem que colocar os baldes embaixo das goteiras.
Onde será que ela quer ir agora? onde estaria, se realmente pudesse?
Tem poucas trancas nas portas, não é esse problema.
É que de noite, na sala ou na cozinha, tem sempre alguém na espreita, esperando a menina se aproximar para lhe dar um beijo e dizer que a ama.
Por isso ela não vai, não se move, não fala, e consequentemente, a moça não sorri como nos tempos de outrora.
As pessoas ao redor estão acostumadas a ver um sorriso largo no rosto da moça, mas hoje, logo hoje, ela não sorri.
Os outros dias são muito normais, e ela queria sair. as vezes chove por aqui, por isso é difícil sair, tem que colocar os baldes embaixo das goteiras.
Onde será que ela quer ir agora? onde estaria, se realmente pudesse?
Tem poucas trancas nas portas, não é esse problema.
É que de noite, na sala ou na cozinha, tem sempre alguém na espreita, esperando a menina se aproximar para lhe dar um beijo e dizer que a ama.
Por isso ela não vai, não se move, não fala, e consequentemente, a moça não sorri como nos tempos de outrora.
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