sexta-feira, 20 de maio de 2011

De noite...

De noite bate um frio, uma vontade de ver a rua, os carros, as senhoras nas ruas fofocando, os senhores, meninos, muleques, rapazes, aqueles que admiram seu caminhar, vontade de sentir o cheiro da chuva que se aproxima.
As pessoas ao redor estão acostumadas a ver um sorriso largo no rosto da moça, mas hoje, logo hoje, ela não sorri.
Os outros dias são muito normais, e ela queria sair. as vezes chove por aqui, por isso é difícil sair, tem que colocar os baldes embaixo das goteiras.
Onde será que ela quer ir agora? onde estaria, se realmente pudesse?
Tem poucas trancas nas portas, não é esse problema.
É que de noite, na sala ou na cozinha, tem sempre alguém na espreita, esperando a menina se aproximar para lhe dar um beijo e dizer que a ama.
Por isso ela não vai, não se move, não fala, e consequentemente, a moça não sorri como nos tempos de outrora.

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