domingo, 22 de maio de 2011

A Trava.

Travou!
Pintou de vermelho até os cabelos, saltitando e pedindo cigarros, bebidas e homens, a quem pudesse lhe dar.
Sorria banguela no sinal, vermelho, como seus cabelos. Sorria banguela no escuro, a trava invejosa.
Jogava até pedra nas moças, por serem sim, moças, e mais bonitas que ela. Era odiada, amada, desejada por alguns poucos homens, tão banguelos quanto ela, que jogava os cabelos com cheiro de tinta na intenção de conquistar os coitandos.
Mas ontem, estava realmente feliz. E sorria ainda mais que nos melhores momentos da pouca vida em liberdade.Sorria, por que podia enfim, balançar os cabelos, que antes eram amarelos... brancos... Não sei.
Ontem pintou as madeixas de vermelho sangue.

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